sábado, 14 de dezembro de 2013

SINAIS DE ALARME - Recomendações de Chico Xavier

Chico Xavier recomenda que os seguidores de Jesus se autovalien buscando SINAIS DE ALARME, indicativos de queda provável na obsessão:

- impaciência exagerada;
- acreditamos que nossa dor é a maior que a do próximo;
- só vemos ingratidão nos amigos;...
- vemos maldade nas atitudes dos companheiros;
- comentamos o lado menos feliz dos outros;
- reclamamos apreço e reconhecimento;

- supomos que o nosso trabalho é excessivo;
- passamos o dia exigindo esforço alheio, sem prestar ajuda;
- fugimos através do álcool ou das drogas;
- julgamos que o dever é apenas dos outros.

Toda vez que um desses sinais surja no nosso pensamento Chico recomendando-nos buscarmos a prece.




-Chico Xavier/Scheilla - Livro: “Ideal Espírita” - Edição FEB

 

 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

KARDEC - Biografia Obrigatória para Espiritas

Quem escreveu a melhor biografia de Chico Xavier (As Vidas de Chico Xavier) agora escreveu também a melhor biografia do Pai do Espiritismo Allan Kardec.

O estilo de Marcel Souto Maior, diretor do programa da Rede Globo "Profissão Reporter", é leve e como otimo jornalista que é, se distancia da banalidade e da pieguice para contar uma historia simples e comovente, assim como já o fizera nos 3 livros anteriores que escreveu sobre Chico. Outra vantagem, é que Marcel não é espirita, o que o distancia do fanatismo religioso. Ele é ao mesmo tempo, espirituoso e às vezes irreverente, justo para não assumir aquele formato fanático que muitas vezes caracteriza obras desta natureza, o que acabaria com a sua credibilidade de jornalista investigativo. É um texto tão saboroso que dá vontade de ler sem parar.

Marcel soube tratar de um assunto delicado, sem ferir nenhum partido; de um assunto sério, sem cair numa doutrinação massacrante e antipática.

Acima de tudo, porém, é fiel aos fatos. E sendo fiel aos fatos, a grandeza do personagem se destaca naturalmente, sem a mínima necessidade de usar uma batelada de elogios melosos.

O conteúdo desta biografia Kardec destá baseada nos 12 volumes da Revista Espírita. Quem conhece a Revista Espirita, entende melhor a personalidade de Kardec, suas lutas, seus diálogos e discussões com adversários e aliados, com admiradores e detratores.

Os dois últimos capítulos do livro talvez sejam os melhores e mais bem “produzidos” e tratam do espisódio em que um juiz destrata Amélie, já idosa, e lança uma ironia agressiva e injusta contra a personalidade de Kardec. Marcel então insere no último capítulo a resposta final de Kardec em suas obras postumas: um dos textos mais bonitos em que ele descreve a si mesmo, fazendo um balanço de sua vida de homem de bem. Essa é a melhor resposta para aquele Juiz furioso e para todos aqueles que ainda combatiam Kardec. 


Assim como os livros de Marcel me ajudaram a compreender melhor ao mestre Chico, esta biografia ajuda a desmistificar e entender a grandiosidade do trabalho de Alan Kardec. Livro obrigatório para os espiritas e, segundo Marcel, deve virar filme em breve.
 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ESPIRITAS EM PORTUGAL

Em 2006, a convite de uma amiga portuguesa, fiz uma palestra numa Casa Espirita em Lisboa. Foi uma visita tão rápida que mal tive tempo de conhecer como os assuntos da doutrina se desenvolviam por aqui. Era uma casa pequena, num bairro elegante da cidade e, como é da natureza humana que a primeira impressão é que fica, confesso que levei uma visão elitizada e fechada da vida espirita em terras portuguesas.

Desta vez, com um pouco mais de tempo, tive uma nova oportunidade de rever meu ponto de vista original e confesso que estou bastante impressionado com o nivel de organização, disciplina e seriedade com que os portugueses tratam o assunto. É claro que o assunto aqui tem a pureza doutrinária, tipica da cultura européia e sem as influências que outras raízes exercem no espiritismo do Brasil. Aqui, não se admite confundir ou mesclar o espiritismo com outras religiões. Há um purismo kardecista (por mais que abominemos o termo), administrado de forma bastante responsável. Mas há também uma preocupação evolucionista e forte intercâmbio com outros paises da Europa e com o Brasil.

A FEP – Federação Espirita Portuguesa, organiza dezenas de eventos (alguns com a participação de brasileiros ilustres como Divaldo Franco), mantendo a vida espirita pulsando com energia por aqui. Algumas das próximas programações:  

 





 

sábado, 31 de agosto de 2013

REFLEXÃO DE DISCIPULO


Certos trechos do caminho exigem decisão. As vezes é preciso falar, mas outras vezes é mais prudente calar. As vezes é preciso insistir, persistir, tolerar... mas vezes é mais inteligente mudar a rota para evitar colisões. Nós espiritas sabemos que o tempo é curto, por isto é preciso reavaliar urgentemente alguns condições do discipulato para melhor aproveitamento do tempo que nos resta.


Neste sentido, é necessário avaliar regularmente nossa utilidade na seara do Mestre, verificando quanto poderíamos ser mais produtivos, para não corrermos o risco da acomodação. Somos tão amados e protegidos que temos o dever de oferecer a contra partida de nossas potencialidades. Há tanta urgência e tantas necessidades que é preciso atentar para a boa aplicação dos “talentos recebidos de Pai”.

Outro ponto que exige reflexão e atenção diz respeito à nossa missão. É triste constatar que muitos dos ideais da Casa do Caminho tem se perdido na fogueira das vaidades humanas! As vezes somos espectadores silenciosos de companheiros que, ao se perceberem bem sucedidos por um momento, se lançam desesperadamente na obtenção de recompensas. Para alguns esta recompensa pode ser a simples ilusão do poder, da manipulação de consciências alheias... para outros, é recompensa material mesmo. A historia está recheada destes personagens, mas também podemos reconhecê-los nos nossos círculos sociais, como pequenos manipuladores da doutrina em favor de seu personalismo. O romance psicografado ACONTECEU NA CASA ESPIRITA, relata o  que pode acontecer quando entidades do plano espiritual se propõem a atentar contra os trabalhadores voluntários de um centro espírita para desmontar o trabalho ali realizado, usando para isto, o ego dos próprios trabalhadores.

Nos balcões das livrarias, há grande quantidade de títulos cujos autores buscam a fama e/ou a riqueza usando a Doutrina Espirita como pano de fundo de suas ambições. No You Tube se pode assistir milhares de vídeos de “strarlets” com a mesma intenção, sempre de forma amadora, mas sem medo do ridículo. Poucos, muito poucos, ainda mantém os ideais de Paulo de Tarso e dos primeiros discípulos na divulgação doutrinária, assim como a simplicidade e eficiência dos trabalhos da Casa do Caminho. Tão cegos pelo ego, estão convencidos de estarem um passo a frente na compreensão de tudo, quando na verdade estão dois passos atrás.

Antes de aceitar ou entregar a alma, convém refletir sobre uma recomendação de Jesus de dois mil anos atrás: “ ... mas antes, provai se eles são de Deus”.

sábado, 24 de agosto de 2013

ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO À DISTÂNCIA


Como expositor das Escolas de Aprendizes do Evangelho sempre me preocupei com a divulgação doutrinária nestes tempos em que a comunicação virtual se impõe como mecanismo irreversível. Como aproveitar estas ferramentas, usá-las de forma inteligente, sem a vaidade que sempre caracteriza a maioria dos usuários das redes sociais e sem macular os principios da Doutrina. Mesmo sendo profissional atuante na área de tecnologia a vida toda, ainda não havia conseguido encontrar mecanismos para equacionar o assunto.

Foi então que me deparei com esta excelente iniciativa da ALIANÇA ESPIRITA (Setor III) e achei que deveria repercuti-la para melhor aproveitamento de muitos.
 

O QUE É:
O método à distância é a mesma Escola realizada em sala de aula, só que é feita para atender àquelas pessoas que estão impossibilitadas de freqüentar a Escola em sala; seja por estarem impedidas fisicamente de se locomover, ou seja, porque morem em regiões (ou países) onde não tem Grupos Espíritas com Escola de Aprendizes.

As aulas podem ser individuais ou em grupo e ainda podem ser via e-mail ou correio comum. Assim como em sala de aula os livros utilizados são os mesmos, ou seja 'Entendendo o Espiritismo', 'Iniciação Espírita', 'O Redentor' e obras da codificação como 'O Livro dos Espíritos' e 'O Evangelho Segundo o Espiritismo'.

Preparação:
A Escola começa com um histórico e princípios básicos da Doutrina Espírita. Um programa rápido, simples e objetivo buscando uniformizar conceitos em relação ao Espiritismo. Tem a finalidade de prepará-lo para o ingresso na Escola de Aprendizes do Evangelho.

Iniciação Espírita:
A Escola de Aprendizes do Evangelho é um processo de Iniciação espírita baseada no Evangelho de Jesus, entendido como forma mais pura para vivenciar a proposta religiosa do Espiritismo para a Humanidade.

Como funciona?
Os interessados devem ter idade mínima de 18 anos. A duração do curso é de 3 anos. As aulas são ministradas, através de exercícios, informações e temas enviados pela Direção da escola ao Aluno e remetidas ao dirigente da Escola para a devida correção, sendo logo devolvidas, juntamente com esclarecimento de dúvidas e novas tarefas.

Avaliação:
Durante a Escola, serão realizadas avaliações periódicas para verificar se ele está em condições de cursar o ano seguinte.

O Trabalho da Escola de Aprendizes do Evangelho à Distância é gratuito, as únicas despesas serão os livros utilizados: “Entendendo o Espiritismo”, “Iniciação Espírita”, “O Redentor”, todos da Editora Aliança (São Paulo – Brasil); e também os livros da codificação de Allan Kardec, “Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos”.

As Diretrizes:
Dando prosseguimento ao trabalho preconizado por Edgard Armond no livro Guia do Aprendiz — Cap. 12 — ... 'As Escolas já existentes, como, aliás, já foi previsto... promoverão Cursos por Correspondência, com instruções pormenorizadas e metódicas enviadas aos interessados pelos meios normais conhecidos, encarregando-se também da apuração dos resultados nas épocas próprias', destacando assim a importância da Escola à distância. A este ponto, somam-se os insistentes apelos da Espiritualidade na urgência de evangelizar o homem para atender as necessidades dos momentos vindouros, criando-se então a EAE à distância.

São impossibilitados reais:
- Profissionais em rodízio permanente de horário.
- Enclausurados em: - presídios, asilos, hospitais ou residências.
- Residentes onde não há casas da Aliança com escola presencial, a exemplo do exterior.

Dificuldade não é impossibilidade!

Dificuldade são situações onde vemos que basta algum esforço, para vencer o obstáculo. Conduzindo o aluno freqüente na escola em sala.

Para contato coma a Equipe de Apoio da Escola a Distância escreva para o link a seguir: escoladistancia@alianca.org.br

quarta-feira, 24 de julho de 2013

FINALIDADE DA REENCARNAÇÃO


Muitos ainda perguntam, especialmente na hora da dor, qual a finalidade da reencarnação.

No capitulo IV do Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos a definição disto como o retorno da alma ou do espírito à vida corporal, num outro corpo novamente formado para ela. Este vocábulo está presente até mesmo nos dicionários da língua portuguesa, que definem a palavra reencarnar como a possibilidade do espírito reassumir a sua forma material.

Reencarnar (prefixo “re” + encarnar, do latim incarnare) é voltar à carne, ou seja, tornar o espírito a habitar um corpo carnal com o objetivo de se burilar e se aperfeiçoar na senda do progresso a que todos estamos predestinados.

Hoje em dia a reencarnação é amplamente discutida e debatida entre todos os seguimentos da sociedade; até mesmo as religiões não-reencarnacionistas guardam enorme respeito aos adeptos da crença das vidas sucessivas do espírito. Mas é certo que nós espíritas constituímos o único seguimento que ainda se intitula como religião reencarnacionista-cristã. As demais congregações cristãs, como por exemplo o catolicismo ou o protestantismo, admitem a imortalidade da alma, mas nãoadmitem a hipótese do espírito ter a faculdade de renascer em um novo corpo. Entretanto, outras seitas desvinculadas do cristianismo, tais como a Seicho-No-Ie e o Budismo, as religiões afro-brasileiras como a Umbanda e o Candomblé, aceitam a reencarnação como forma natural do aprimoramento e amadurecimento do ser humano, assim como outras doutrinas espiritualistas que vislumbram no Cristo um ente iluminado, crêem na possibilidade da reencarnação, mas não possuem característica religiosa, como é o caso do racionalismo cristão, entre outros.
 
 
ESQUECIMENTO DO PASSADO

Os mais críticos atribuem a não existência da reencarnação ao fato de não nos recordarmos das vidas anteriores. Porém, um estudo superficial não nos daria condições de analisar com a devida clareza as finalidades e justificativas das vidas sucessivas. O esquecimento do passado é uma bênção. Deus, na sua infinita sabedoria, permite aos seus filhos voltar à Terra, novamente encarnados, reunidos em um mesmo grupo ou família. Espíritos afins reencontram-se com o objetivo de se aprimorarem e as lembranças de vidas pretéritas prejudicariam o desempenho da criatura na atual existência. Ódios, rancores, amarguras, rusgas e desentendimentos poderiam vir à tona atrapalhando o exercício do amor fraternal no seio familiar ou no grupo de convívio.

A providência divina se encarrega de atender todas as necessidades do espírito encarnado na sua atual existência e as recordações do passado poderiam prejudica-lo em sua missão. O déspota, ao retornar à vida carnal, certamente iria envergonhar-se de sua condição e atravancar o seu progresso em busca da redenção. O soberbo renascido entre os miseráveis e estropiados não admitiria ser rebaixado da posição social em que outrora se encontrava. Inimigos e desafetos encarnados no mesmo círculo familiar, como pais, filhos ou irmãos, fatalmente se digladiariam na hipótese de se recordarem dos malefícios que fizeram um ao outro.

 O ato de perdoar ainda é muito difícil de ser praticado em nossa condição evolutiva. Por isso, o esquecimento do passado vem de encontro com às necessidades do espírito. Algozes poderiam aprender o exercício do amor, da paciência e da tolerância, desde que não se recordem das feridas que foram provocadas e o perdão virá de forma natural a dissolver as intrigas existentes entre as criaturas.

 Eis o significado da não recordação do que fomos, sentimos ou com quem nos relacionados em existências anteriores. O que deve permanecer tão-somente é a consciência imortal do espírito, que o levará a habitar moradas mais sublimas da Casa do Pai.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

ORAÇÃO

As vésperas da visita do papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, me pareceu oportuno divulgar esta bela oração cuja autoria lhe é atribuída.  

Uma oração em cada dedo.
(Papa Francisco)

 
1. O Polegar é o mais próximo de você. Então comece a orar por aqueles que lhe são mais próximos. Eles são os mais facilmente lembrados. Orar por nossos entes queridos é "uma doce obrigação!

2. O seguinte é o dedo indicador. Ore por aqueles que ensinam, instruem e curam. Isso inclui mestres, professores, médicos e padres. Eles necessitam de apoio e sabedoria para indicar a direção correta aos outros. Mantenha-os em suas orações sempre presentes.



3. O próximo dedo é o mais alto. Ela nos lembra dos nossos líderes. Ore para que a presidenta, congressistas, empresários e gestores. Essas pessoas dirigem os destinos de nossa nação e orientam a opinião pública. Eles precisam da orientação de Deus.

4. O quarto dedo é o nosso dedo anelar. Embora muitos fiquem surpresos, é o nosso dedo mais fraco, como pode dizer qualquer professor de piano. Ele deve lembrar-nos a rezar para os fracos, com muitos problemas ou prostrados pela doença. Eles precisam da sua oração dia e noite. Nunca é demais para orar por eles. Você também deve se lembrar de orar pelos casamentos.

5. E finalmente o nosso dedo mindinho, o dedo menor de todos, que é a forma como devemos nos ver diante de Deus e dos outros. Como a Bíblia diz que "os últimos serão os primeiros". Seu dedo mindinho deve lembrá-lo de orar por você. Quando você estiver orado para os outros quatro grupos, suas próprias necessidades estarão na perspectiva correta, e você poderá rezar melhor pelas suas necessidades.


Reencarnar é uma lei natural

"Antes de nascer, a criança já viveu e a morte não é o fim, A vida é um evento que passa como o dia solar que renasce". (de um papiro egípcio de 5000 anos)

Reencarnação é o retorno sucessivo de um mesmo Espírito à vida em diferentes corpos. Reencarnar é uma lei tão natural quanto nascer, viver ou morrer.

"Se é assim por que, então, a ciência a desconhece?" O motivo é simples: como tudo o que é humano, o conhecimento científico também é progressivo. A verdade academica é provisória. Qualquer estudante de hoje considera normais fatos que ontem eram ignorados pelos cientistas: o movimento da Terra, as partículas menores que o átomo, a composição química da água, etc. Diariamente a ciência revê suas teses da véspera. Alguns cientistas renomados pesquisaram concluíram tratar-se de fato inegável: Thomas Edson (inventor da lâmpada elétrica), William Crookes (famoso físico e químico falecido em 1919), Charles Richet (Prêmio Nobel de Medicina de 1913), e tantos outros.

Atualmente, muitas universidades já possuem grupos de pesquisa sobre este importante tema, como por exemplo os médicos da AME – Associação de Médicos Espiritas, ligados à Faculdade de Medicina de São Paulo.

A reencarnação não foi inventada pelos Espíritas: é uma das idéias mais antigas da Humanidade. Um papiro egípcio de 3000 A.C. já a menciona. Outro, mais recente, denominado "Papiro Anana" (1320 A.C.), diz: "O homem retorna à vida varias vezes, mas não se recorda de suas pretéritas existências, exceto algumas vezes em sonho. No fim, todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas."
 

Na Grécia clássica, Pitágoras (580 a 496 A.C.); já divulgava o reencarnacionismo. No diálogo Phedon, Platão cita Sócrates (469 a 399 A.C):

"É. certo que há um retorno à vida, que os vivos nascem dos mortos". Esta mesma certeza consta da maioria das religiões antigas, como o Hinduísmo, Budhismo, Druidismo, etc. "Mas estas são religiões primitivas, não merecem crédito!" - dirão alguns.

A reencarnação está também na Bíblia. Jeremias (1:4-5): "Foi-me dirigida a palavra do Senhor nestes termos: Antes que eu te formasse no ventre de tua mãe, te conheci; e, antes que tu saísses do seu seio, te santifiquei e te estabeleci profeta entre as nações." Ou, no Novo Testamento: "Digo-vos, porém, que Elias já veio e não o reconheceram." (...) "Então os discípulos compreenderam que (Cristo) lhes tinha falado de João Batista." (Mateus, XVII, 12-13). E ainda: "Não pode ver o Reino de Deus, senão aquele que nascer de novo." (Jesus, em João, III, 3).


A convicção dos Espíritas, entretanto, decorre de outras razões: Se entendemos que não existe acaso - pois todo efeito possui uma causa - e se cremos que Deus é Justo, somente a reencarnação explicará as diferenças econômicas, sociais, físicas e morais entre os homens. Somente ela é compatível com o conceito de evolução, também evidente em toda a natureza. É ela que confere sentido à existência humana. E, também, a única explicação racional para o "deja vu", esta sensação comum de já conhecermos pessoas ou lugares que nunca vimos. Além disso, a reencarnação é confirmada universalmente por todos os Espíritos Superiores, assim chamados pela coerência e pela elevação moral e intelectual que demonstram no conjunto de suas mensagens mediúnicas.

Por outro lado, a hipótese de que tenhamos uma única vida é inteiramente incompatível com a admirável perfeição existente em todo o universo conhecido. A idéia de que, após a morte do corpo, nossas individualidades se percam em um "grande nada" é, esta sim, insustentável, pois a própria ciência já descobriu que "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

terça-feira, 18 de junho de 2013

ZIBIA não me representa!


A Revista Isto É publicou na edição nº 2.272 uma capa com o titulo: “O Império Espírita de Zíbia Gasparetto”. Em que pese o forte apelo para atrair leitores simpatizantes e contraditores do Espiritismo, a chamada induz à associação dos interesses financeiros da referida escritora à exploração comercial da crença espírita.
 Inicialmente destacando o sucesso mercadológico de Zíbia Gasparetto e o luxo de seu escritório no qual o repórter João Loes foi recebido, a matéria comenta a trajetória da psicógrafa, desde o início de suas experiências mediúnicas até a fundação do rentável negócio editorial mantido por ela e sua família.

A reportagem destaca a declaração da escritora de que não segue mais o Espiritismo, pois a mesma optou por trilhar caminhos que seriam incompatíveis com os princípios espíritas. Segundo a entrevistada, ela preferiu ter mais liberdade para agir e afirma não ter qualquer problema em receber os direitos autorais das obras psicografadas. “Não há problema em se ganhar dinheiro com a mediunidade”, diz ela. Em determinando momento da entrevista, Zíbia Gasparetto afirma, despudoradamente, que “Chico Xavier abriu mão dos direitos dos livros dele, mas uma vez chorou para mim, arrependido do que tinha feito”.

O texto é finalizado com a perspectiva de expansão dos negócios da família Gasparetto no nicho espiritualista, mencionando a abertura de novas frentes comerciais no rádio e televisão para constituir o império que a chamada de capa da revista erroneamente rotulou de espírita, pois se trata de um negócio privado construído sobre bases bem materiais.

O primeiro aspecto que deve ser criticado nessa reportagem é a conduta distorcida do responsável pela revista. Uma vez que na própria reportagem a entrevistada não se declara espírita, a Revista Isto É, portanto, comete dolo intencional ao usar o termo “espírita” em sua chamada de capa. A deplorável decisão do editor desse periódico pode induzir o leitor a associar o enriquecimento da mencionada escritora ao Espiritismo, fato esse que desvirtua o preceito espírita de não se cobrar pela atividade mediúnica. Ora, Sr. Editor, até que ponto as supostas vendas adicionais da revista compensam um ato de mau jornalismo?

O segundo aspecto a ser mencionado é a infeliz afirmação de Zíbia Gasparetto de que o médium Chico Xavier teria se arrependido de ter cedido integralmente os direitos autorais de seus livros. Ora Dª Gasparetto, será que a sua consciência está pesando por saber das consequências do apego à riqueza transitória e sua afirmação sobre Chico é uma tentativa de atenuar esse peso? Desde quando um homem que deu provas durante toda a sua vida de desinteresse material passou a reclamar sobre a situação financeira? Carece de fundamentação e lógica essa sua afirmação.

E o terceiro e último aspecto que merece ser mencionado é até favorável à Zíbia Gasparetto. Deve-se reconhecer que a mesma foi coerente ao não mais se afirmar adepta da Doutrina Espírita. Que bom seria se todas as pessoas descontentes com o Espiritismo simplesmente parassem de se autodenominar espíritas e assumissem outras linhas espiritualistas. Seria mais racional e elas parariam de gerar modismos e celeumas para tentar adequar a doutrina às próprias convicções.

Fonte: Educador Espirita

quarta-feira, 12 de junho de 2013

CIRURGIA ESPIRITUAL




A cirurgia espiritual não é consenso entre os espíritas. Muitos acreditam que a prática dá margem ao charlatanismo e não deveria ser realizada. De qualquer forma, o fenômeno da medicina espírita intriga a ciência e tem suscitado a realização de estudos. Um deles foi feito no Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Hospital das Clínicas de São Paulo, vinculado à Faculdade de Medicina da USP. Os cientistas acompanharam o trabalho de um famoso cirurgião espiritual de Goiás em seis pacientes. Eles verificaram que, embora não tivesse sido dada anestesia, praticamente não houve queixa de dor. Também não havia assepsia, mas nenhum doente teve infecção no período observado.

Outro médico que também faz pesquisas é o psiquiatra Sérgio Felipe de Oliveira, presidente da AME - Associação Médico-Espírita de São Paulo. “Há evidências suficientes para que a ciência se interesse pelo assunto. Na minha clínica, observo que quem recebe atendimento médico e espiritual toma menos remédios e adere melhor ao tratamento em relação aos que só passam pela consulta”, afirma.

Ele é um dos cientistas que defendem o aprofundamento das investigações sobre a medicina e a espiritualidade, até para que seja possível encontrar a resposta para os casos bem-sucedidos desse casamento. A idéia é estudar não só os efeitos das práticas espíritas, mas o poder da oração e da fé, por exemplo. Essa proposta já é seguida por instituições estrangeiras. Alguns cientistas chegaram a conclusões interessantes. “A religiosidade fortalece o sistema de defesa dos pacientes”, disse Harold Koenig, da Universidade de Duke em uma entrevista a revista ISTO É . Porém, nem sempre os tratamentos que unem medicina e religiosidade, inclusive o espiritismo, têm final feliz. Por isso, muitos cientistas vêem com reservas essa relação.

O Conselho Federal de Medicina não critica os médicos que estimulam a prática religiosa a seus pacientes. “Mas somos contra as pessoas que praticam a medicina sem ser médicos, como as que realizam as cirurgias espirituais”, avisa Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior, primeiro secretário do CFM.


TESTEMUNHOS
 
A treinadora do Flamengo e deputada estadual Georgette Vidor (PP), ficou paraplégica após um acidente de ônibus em maio de 1997. Dois anos depois, decidiu dar mais atenção à sua espiritualidade. “Comecei a receber passes. Não achava que aquilo iria me tirar da cadeira de rodas. Queria me tornar uma pessoa melhor”, explica. Mesmo com toda a adrenalina de treinadora, ela dava um jeito de não faltar às sessões. Embora lamente o acidente até hoje, admite que conseguiu o objetivo de se aprimorar. “Meus amigos até me dizem que eu era muito carrancuda e fiquei mais bonita”, festeja.
 
Desde 1995, a cantora Elba Ramalho, é frequentadora assídua do centro espírita Lar de Frei Luiz, no Rio.



A cantora já fez diversos tratamentos. Numa ocasião, sentiu pontadas estranhas na região do fígado. Elba foi operada em uma sessão de materialização – em que um espírito se materializa, segundo a doutrina espírita. No Frei Luiz, o principal médico a realizar esses trabalhos é o espírito do doutor Frederick, um alemão nazista que viria do além para limpar seu carma. “Ele abriu minha barriga inteira com seu dedo. Jorrava sangue. Disse que eu tinha uma carga muito grande nessa região, que poderia se transformar em doença no futuro próximo”, recorda-se. Elba afirma que recorre ao centro não apenas em busca de cura física e espiritual. “Frei Luiz me dá proteção, equilíbrio e muita paz”, diz.

De qualquer maneira, é sempre preciso buscar lugares e pessoas que exerçam com seriedade e responsabilidade esta atividade. Médiuns caridosos e entidades que atuem com respeito aos valores e tradições espiritas.  


sábado, 1 de junho de 2013

MEDICINA ESPIRITUAL

 
 
Nós, espíritas, acreditamos que as pessoas negativas podem atrair espíritos desencarnados que contribuem para o surgimento de desequilíbrios físicos e mentais. Indivíduos que guardam mágoas, por exemplo, sofrem alterações químicas que podem levar ao aparecimento de doenças ou ao seu agravamento. Além das atividades convencionais da doutrina espirita uma nova tendência ganha corpo na sociedade: a Medicina Espiritual que reúne profissionais que praticam a medicina convencional, mas usam sua crença para tentar melhorar a saúde do paciente que quiser receber esse atendimento. Estes profissionais, além do conhecimento científico do corpo humano, acreditam que o organismo pode ser influenciado por espíritos desencarnados – ou por pensamentos das próprias pessoas.

A técnica destes profissionais que seguem a doutrina é adotar medidas preconizadas pelo espiritismo para reverter esses quadros. Uma delas é fazer a aplicação de passes (imposição de mãos para energização e transferência de bons fluidos).

Essas práticas também fazem parte do tratamento aplicado nos hospitais espíritas existentes no País. Hoje, há 100 instituições do gênero. São entidades que oferecem atendimento espiritual gratuito. A maioria delas é destinada à assistência psiquiátrica. Nesses locais, o doente é submetido ao tratamento tradicional – o que inclui remédios e terapia psicológica – e, se desejar, cuida do espírito.
 
Fundação Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz, em Guarulhos (SP).
 
Na instituição moram cerca de 700 portadores de deficiências mentais e outros 500 são atendidos no ambulatório. A maior parte nasceu com paralisia cerebral.

O psiquiatra Frederico Leão é um dos médicos da fundação. Surpreso diante da evolução de doentes que combinavam o atendimento espiritual e o convencional, ele fez uma tese de mestrado sobre o assunto, que foi defendida na USP. “Vi casos em que, quando os doentes se submetiam ao tratamento médico e espiritual, tinham uma evolução boa”, conta. Um dos casos é o de um paciente de 30 anos, que nasceu com paralisia cerebral. Ele não se expressa direito e se locomove numa cadeira de rodas. Há cinco anos, passou a ficar inquieto e manchas escuras apareceram em sua pele. “Os médicos fizeram de tudo e nada adiantou”, lembra-se Márcia Lopes, psicóloga da instituição. Continuaram com os remédios, mas também aplicaram o passe. Os sintomas desapareceram.

Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro, de Curitiba.
 
Aqui, os médicos também adotam uma prática da doutrina que ajudaria no tratamento. São as sessões de “desobsessão”, reuniões nas quais médiuns (pessoas por meio das quais os espíritos se manifestariam) serviriam como instrumento para que espíritos que estão atormentando o doente se comunicassem e fossem convencidos a deixá-lo em paz. “Quando isso acontece, o paciente fica mais calmo e seu estado clínico melhora”, garante o psicólogo Mário Sérgio Silveira, da instituição. O Hospital Espírita André Luiz, de Belo Horizonte, também usa o tratamento de “desobsessão”. “Em casos difíceis de esquizofrenia, por exemplo, fazemos essa recomendação”, afirma Roberto Lúcio de Souza, psiquiatra e diretor da instituição. Em nenhum desses locais, no entanto, deixa-se a terapia convencional de lado. “O tratamento espírita é complementar e não alternativo. Quem passa pelo atendimento, para qualquer doença, não pode deixar de tomar os remédios”, alerta Marlene Nobre, presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil.

Lar de Frei Luiz, no Rio de Janeiro.
 

A instituição conta com 800 médiuns e recebe cerca de quatro mil visitantes em cada um dos dias de atendimento (quarta-feira e domingo). Há 12 anos, essa média era de 800 pessoas. Todos buscam curas físicas, espirituais ou algum consolo. Há salas de cura, de “desobsessão” e de passes. Uma das histórias mais incríveis relacionadas ao centro foi a do compositor Tom Jobim (1927-1994). Quando se submetia a tratamentos convencionais para tratar um câncer de bexiga, Tom esteve duas vezes no Frei Luiz. Na véspera de viajar para Nova York, em 1994, quando morreu de parada cardíaca no Hospital Mount Sinai, o músico conversou com Ronaldo Gazolla, já falecido, na época presidente do centro. Tom estava na dúvida se viajava e quis saber a opinião de Gazolla. O médico desconversou, não queria influenciar o maestro, embora soubesse que os espíritos já o consideravam curado. “Mas se fosse com você?”, insistiu Tom. “Se fosse eu, não iria”, recomendou Gazolla. Não se sabe o que teria acontecido ao compositor se ele tivesse ouvido o conselho, mas com certeza não teria morrido na mesa de cirurgia. Ana Lontra Jobim, viúva do músico, fala do assunto com reserva. “Quando esteve lá, ele saiu mais aliviado”, conta. A farmacêutica Helena Gazolla, viúva de Ronaldo Gazolla, que assumiu a presidência da instituição, explica que, se ocorreram curas, são consequência do merecimento dos doentes. “A pessoa se cura por meio de sua fé. Os médiuns são apenas um canal de energia para ajudar na recuperação de cada um”, diz.

Um dos atendimentos mais importantes e incomuns em centros espíritas, oferecido pelo Lar de Frei Luiz, são as sessões de materialização, nas quais os espíritos poderiam ser vistos. A matéria-prima que daria forma física ao espírito é chamada de ectoplasma (substância que, de acordo com o espiritismo, seria liberada pelos médiuns para possibilitar a materialização das almas). Nessas reuniões, ocorrem também cirurgias espirituais, feitas por espíritos desencarnados que usariam o corpo do médium. 
 
Cirurgias espirituais é assunto que será publicado em uma postagem próxima.



 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O EVANGELHO DE MARIA MADALENA



 

O Evangelho de Maria Madalena é considerado um Evangelho Apócrifo, e foi escrito possivelmente do século II e do qual chegaram até nossos dias apenas alguns fragmentos.
Dele conservam-se somente três fragmentos: dois, muito pequenos, em grego, em manuscritos do século III e  outro, mais extenso, em copto, provável tradução do original grego. O texto copto foi achado em 1896 embora não tenha sido publicado até 1955. Os fragmentos em grego foram publicados, respectivamente, em 1938 e em 1983.

Em nenhum dos fragmentos há alguma menção sobre o autor deste evangelho. O nome que recebe tradicionalmente, Evangelho de Maria Madalena, deve-se a que se cita no texto uma discípula de Jesus chamada Maria, que a maioria dos especialistas identificam com a Maria Madalena que aparece nos Evangelhos Canônicos.
Não pode ser posterior ao século III, já que os manuscritos em grego correspondem a esta época. Por características internas do texto, como a presença de ideias gnósticas, considera-se que foi redigido no século II.

 
Conteúdo
No fragmento copto, que é o mais extenso, faltam várias páginas e trata-se de um diálogo entre Jesus e seus discípulos. Depois da partida de Jesus, os Apóstolos ficaram desorientados:
 


Eles, no entanto, estavam entristecidos e choravam amargamente dizendo: Como iremos até os gentios e pregaremos o evangelho do reino do filho do homem? Se não tiveram nenhuma consideração com Ele? Como terão conosco?
Então, Maria levantou-se, saudou a todos e disse a seus irmãos:
Não choreis e não vos entristeçais. Não vacileis mais, pois sua graça descerá sobre vós e vos protegerá. Melhor, glorifiquemos sua grandeza, pois nos preparou e nos fez homens. Depois de dizer isto, Maria converteu seus corações ao bem e começaram a comentar as palavras do [Salvador].
Maria, então, relata uma visão e o diálogo que manteve com Jesus nesta visão, cheio de termos próprios do pensamento gnóstico.
O testemunho de Maria é recusado por André e por Pedro, os que duvidam que Jesus tenha preferido uma mulher que a eles para fazer revelações secretas. No entanto, Levi (o apóstolo Mateus) decide pregar "o Evangelho segundo Maria".
Segundo interpretações, o texto revela as tensões existentes nas primitivas comunidades cristãs entre os proto-ortodoxos, representados por Pedro, e os gnósticos, simbolizados por Maria Madalena. Um confronto similar existe em outros textos gnósticos, como o Evangelho de Tomás, a Pistis Sopia ou o Evangelho Copto dos egípcios. Além disso, de acordo com este texto, Maria Madalena teria sido depositária de revelações secretas de Jesus, e teria tido um papel destacado na comunidade cristã pós-pascoal.
Podemos encontrar certas analogias entre as idéias expostas neste evangelho e as religiões orientais como o taoísmo e o budismo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

MARIA MADALENA

 
Gruta de Sainte Baume em Sainte Marie La Mer
As Escolas Espiritualistas costumam recomendar Maria Madalena como um modelo de reforma intima a ser seguido. A tradição cristã também observa Maria Madalena como um simbolo para aqueles que tenham intenção de mudar suas vidas a partir dos ensinamentos de Jesus. De qualquer maneira, a historia fascinante desta mulher inspira e seduz aqueles que buscam o auto-conhecimento. Como diz o ditado "sempre que se tenta aprender alguma coisa sobre alguém, acaba-se descobrindo algo sobre sí mesmo". Seja pela identificação ou pela comparação de modelos, Maria Madalena talvez seja a maior prova disto para aqueles que professam a fé cristã.

Ao mergulhar na busca por esta personagem inportante da vida de Jesus, cheguei ao sul da França e a uma historia que já deu margem a muitas outras. Porque existe uma tradição segundo a qual Maria Madalena, seu irmão Lázaro e Maximino, um dos setenta e dois discípulos, bem como alguns companheiros, viajaram num barco pelo mar Mediterrâneo fugindo das perseguições na Terra Santa e desembarcaram finalmente no lugar chamado Saintes-Maries-de-la-Mer, próximo de Arles.
Posteriormente, Maria Madalena viajou até Marselha, onde iniciou a evangelização na Provence, para depois retirar-se para uma gruta -A Sainte Baume- nas proximidades de Marselha, onde teria levado uma vida de penitência durante 30 anos. Segundo esta tradição, quando chegou a hora de sua morte, foi levada pelos Anjos a Aix-em-Provence, ao oratório de São Maximino, onde recebeu a extrema unção. Seu corpo foi sepultado no oratório construído por Maximino em Villa Lata, conhecido desde então como Sto. Maximino.
O primeiro lugar da França no qual se sabe que houve culto a Maria Madalena foi a cidade de Vézelay, em Borgonha. Estão confirmadas as peregrinações ao sepulcro de Maria Madalena em Vézelay desde pelo menos 1030. Santiago de Vorágine refere à versão oficial do translado das relíquias da Santa desde seu sepulcro no oratório de São Maximino em Aix-em-Provence até a recém-fundada abadia de Vézelay, em 771.
 
Um culto posterior que atraiu numerosos peregrinos iniciou-se quando o corpo de Maria Madalena foi oficialmente descoberto, em 9 de setembro de 1279, em Saint-Maximin-a-Sainte-Baume, Provence, pelo então príncipe de Salerno, futuro rei Carlos II de Nápoles. Nessa localidade construiu-se um grande monastério domínico, de estilo gótico, um dos mais importantes do sul da França.
 
Em 1600 as supostas relíquias foram depositadas em um sarcófago, que o papa Clemente VIII mandou fazer, mas a cabeça foi depositada à parte, em um relicário. As relíquias foram profanadas durante a Revolução Francesa. Em 1814 restaurou-se o templo e recuperou-se a cabeça da Santa, que se venera atualmente nesse lugar. Todo ano, de 23 a 25 de maio, realiza-se um festival na cidade de Les-Saintes-Maries-de-La-Mer, na França, no santuário dedicado a Santa Sara, a egípcia, também chamada de Sara Kali, a "Rainha Negra':

As pesquisas revelaram que esse festival, cuja origem remonta à Idade Média, homenageia uma criança "egípcia" que acompanhava Maria Madalena, Marta e Lázaro quando de sua chegada à região, num pequeno barco, por volta do ano 42 d.C. Parece que se difundiu entre os habitantes locais a suposição de que a criança, por ser "egípcia”, tinha pele escura. Como não se encontrou nenhuma outra explicação razoável para a sua presença, deduziu-se, posteriormente, que ela devia ter vindo de Betânia como serva da família.

ROTEIRO PARA VIAGEM

 
- Para conhecer Saintes Maries La Mer e a Gruta de Sainte Baume, o melhor periodo é entre Junho e Agosto.

- Evite a Festa de Santa Sara em Maio, quando a cidade fica cheia demais. Santa Sara é a padroeira dos Ciganos.

- Melhor hospedar-se em Arles, a 40 km de Sainte Marie, que tem maior oferta de hotéis e mais baratos que em St. Marie.

- Para chegar lá, pode-se alugar um carro em Arles ou usar um taxista local, que e são acostumados com este trajeto.

Pesquisa: local, Carte de la Cité de Sainte Marie La Mer, VOPUS, Wikipedia.