quarta-feira, 24 de julho de 2013

FINALIDADE DA REENCARNAÇÃO


Muitos ainda perguntam, especialmente na hora da dor, qual a finalidade da reencarnação.

No capitulo IV do Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos a definição disto como o retorno da alma ou do espírito à vida corporal, num outro corpo novamente formado para ela. Este vocábulo está presente até mesmo nos dicionários da língua portuguesa, que definem a palavra reencarnar como a possibilidade do espírito reassumir a sua forma material.

Reencarnar (prefixo “re” + encarnar, do latim incarnare) é voltar à carne, ou seja, tornar o espírito a habitar um corpo carnal com o objetivo de se burilar e se aperfeiçoar na senda do progresso a que todos estamos predestinados.

Hoje em dia a reencarnação é amplamente discutida e debatida entre todos os seguimentos da sociedade; até mesmo as religiões não-reencarnacionistas guardam enorme respeito aos adeptos da crença das vidas sucessivas do espírito. Mas é certo que nós espíritas constituímos o único seguimento que ainda se intitula como religião reencarnacionista-cristã. As demais congregações cristãs, como por exemplo o catolicismo ou o protestantismo, admitem a imortalidade da alma, mas nãoadmitem a hipótese do espírito ter a faculdade de renascer em um novo corpo. Entretanto, outras seitas desvinculadas do cristianismo, tais como a Seicho-No-Ie e o Budismo, as religiões afro-brasileiras como a Umbanda e o Candomblé, aceitam a reencarnação como forma natural do aprimoramento e amadurecimento do ser humano, assim como outras doutrinas espiritualistas que vislumbram no Cristo um ente iluminado, crêem na possibilidade da reencarnação, mas não possuem característica religiosa, como é o caso do racionalismo cristão, entre outros.
 
 
ESQUECIMENTO DO PASSADO

Os mais críticos atribuem a não existência da reencarnação ao fato de não nos recordarmos das vidas anteriores. Porém, um estudo superficial não nos daria condições de analisar com a devida clareza as finalidades e justificativas das vidas sucessivas. O esquecimento do passado é uma bênção. Deus, na sua infinita sabedoria, permite aos seus filhos voltar à Terra, novamente encarnados, reunidos em um mesmo grupo ou família. Espíritos afins reencontram-se com o objetivo de se aprimorarem e as lembranças de vidas pretéritas prejudicariam o desempenho da criatura na atual existência. Ódios, rancores, amarguras, rusgas e desentendimentos poderiam vir à tona atrapalhando o exercício do amor fraternal no seio familiar ou no grupo de convívio.

A providência divina se encarrega de atender todas as necessidades do espírito encarnado na sua atual existência e as recordações do passado poderiam prejudica-lo em sua missão. O déspota, ao retornar à vida carnal, certamente iria envergonhar-se de sua condição e atravancar o seu progresso em busca da redenção. O soberbo renascido entre os miseráveis e estropiados não admitiria ser rebaixado da posição social em que outrora se encontrava. Inimigos e desafetos encarnados no mesmo círculo familiar, como pais, filhos ou irmãos, fatalmente se digladiariam na hipótese de se recordarem dos malefícios que fizeram um ao outro.

 O ato de perdoar ainda é muito difícil de ser praticado em nossa condição evolutiva. Por isso, o esquecimento do passado vem de encontro com às necessidades do espírito. Algozes poderiam aprender o exercício do amor, da paciência e da tolerância, desde que não se recordem das feridas que foram provocadas e o perdão virá de forma natural a dissolver as intrigas existentes entre as criaturas.

 Eis o significado da não recordação do que fomos, sentimos ou com quem nos relacionados em existências anteriores. O que deve permanecer tão-somente é a consciência imortal do espírito, que o levará a habitar moradas mais sublimas da Casa do Pai.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

ORAÇÃO

As vésperas da visita do papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, me pareceu oportuno divulgar esta bela oração cuja autoria lhe é atribuída.  

Uma oração em cada dedo.
(Papa Francisco)

 
1. O Polegar é o mais próximo de você. Então comece a orar por aqueles que lhe são mais próximos. Eles são os mais facilmente lembrados. Orar por nossos entes queridos é "uma doce obrigação!

2. O seguinte é o dedo indicador. Ore por aqueles que ensinam, instruem e curam. Isso inclui mestres, professores, médicos e padres. Eles necessitam de apoio e sabedoria para indicar a direção correta aos outros. Mantenha-os em suas orações sempre presentes.



3. O próximo dedo é o mais alto. Ela nos lembra dos nossos líderes. Ore para que a presidenta, congressistas, empresários e gestores. Essas pessoas dirigem os destinos de nossa nação e orientam a opinião pública. Eles precisam da orientação de Deus.

4. O quarto dedo é o nosso dedo anelar. Embora muitos fiquem surpresos, é o nosso dedo mais fraco, como pode dizer qualquer professor de piano. Ele deve lembrar-nos a rezar para os fracos, com muitos problemas ou prostrados pela doença. Eles precisam da sua oração dia e noite. Nunca é demais para orar por eles. Você também deve se lembrar de orar pelos casamentos.

5. E finalmente o nosso dedo mindinho, o dedo menor de todos, que é a forma como devemos nos ver diante de Deus e dos outros. Como a Bíblia diz que "os últimos serão os primeiros". Seu dedo mindinho deve lembrá-lo de orar por você. Quando você estiver orado para os outros quatro grupos, suas próprias necessidades estarão na perspectiva correta, e você poderá rezar melhor pelas suas necessidades.


Reencarnar é uma lei natural

"Antes de nascer, a criança já viveu e a morte não é o fim, A vida é um evento que passa como o dia solar que renasce". (de um papiro egípcio de 5000 anos)

Reencarnação é o retorno sucessivo de um mesmo Espírito à vida em diferentes corpos. Reencarnar é uma lei tão natural quanto nascer, viver ou morrer.

"Se é assim por que, então, a ciência a desconhece?" O motivo é simples: como tudo o que é humano, o conhecimento científico também é progressivo. A verdade academica é provisória. Qualquer estudante de hoje considera normais fatos que ontem eram ignorados pelos cientistas: o movimento da Terra, as partículas menores que o átomo, a composição química da água, etc. Diariamente a ciência revê suas teses da véspera. Alguns cientistas renomados pesquisaram concluíram tratar-se de fato inegável: Thomas Edson (inventor da lâmpada elétrica), William Crookes (famoso físico e químico falecido em 1919), Charles Richet (Prêmio Nobel de Medicina de 1913), e tantos outros.

Atualmente, muitas universidades já possuem grupos de pesquisa sobre este importante tema, como por exemplo os médicos da AME – Associação de Médicos Espiritas, ligados à Faculdade de Medicina de São Paulo.

A reencarnação não foi inventada pelos Espíritas: é uma das idéias mais antigas da Humanidade. Um papiro egípcio de 3000 A.C. já a menciona. Outro, mais recente, denominado "Papiro Anana" (1320 A.C.), diz: "O homem retorna à vida varias vezes, mas não se recorda de suas pretéritas existências, exceto algumas vezes em sonho. No fim, todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas."
 

Na Grécia clássica, Pitágoras (580 a 496 A.C.); já divulgava o reencarnacionismo. No diálogo Phedon, Platão cita Sócrates (469 a 399 A.C):

"É. certo que há um retorno à vida, que os vivos nascem dos mortos". Esta mesma certeza consta da maioria das religiões antigas, como o Hinduísmo, Budhismo, Druidismo, etc. "Mas estas são religiões primitivas, não merecem crédito!" - dirão alguns.

A reencarnação está também na Bíblia. Jeremias (1:4-5): "Foi-me dirigida a palavra do Senhor nestes termos: Antes que eu te formasse no ventre de tua mãe, te conheci; e, antes que tu saísses do seu seio, te santifiquei e te estabeleci profeta entre as nações." Ou, no Novo Testamento: "Digo-vos, porém, que Elias já veio e não o reconheceram." (...) "Então os discípulos compreenderam que (Cristo) lhes tinha falado de João Batista." (Mateus, XVII, 12-13). E ainda: "Não pode ver o Reino de Deus, senão aquele que nascer de novo." (Jesus, em João, III, 3).


A convicção dos Espíritas, entretanto, decorre de outras razões: Se entendemos que não existe acaso - pois todo efeito possui uma causa - e se cremos que Deus é Justo, somente a reencarnação explicará as diferenças econômicas, sociais, físicas e morais entre os homens. Somente ela é compatível com o conceito de evolução, também evidente em toda a natureza. É ela que confere sentido à existência humana. E, também, a única explicação racional para o "deja vu", esta sensação comum de já conhecermos pessoas ou lugares que nunca vimos. Além disso, a reencarnação é confirmada universalmente por todos os Espíritos Superiores, assim chamados pela coerência e pela elevação moral e intelectual que demonstram no conjunto de suas mensagens mediúnicas.

Por outro lado, a hipótese de que tenhamos uma única vida é inteiramente incompatível com a admirável perfeição existente em todo o universo conhecido. A idéia de que, após a morte do corpo, nossas individualidades se percam em um "grande nada" é, esta sim, insustentável, pois a própria ciência já descobriu que "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".